sexta-feira, 5 de junho de 2009

É o caldeirão

Ah, o Samba. A raíz do Brasil. Ritmo nacional por excelência. 
A música brasileira é uma das mais diversificadas do mundo, especialmente o samba. Samba canção, sambalanço, samba rock, samba enredo, o samba de breque ou o tradicional samba de roda.
Ouvir a bateria de uma escola de samba acelera o coração. Hoje, faço parte da escolinha de bateria da Águia de Ouro. Ver o amor à escola estampado no rosto de cada sambista e integrantes da bateria é incrível.
O samba representa o brasileiro. O gingado, as cores, a alegria. É quase impossível falar de samba com palavras. Incrível como estas são representações completamente insuficientes de sentimento.
Ir a um desfile de escolas de samba, tão tradicionais em São Paulo e no Rio, é um privilégio que ainda nao tive a oportunidade de ter, não por falta de vontade. Melhor que isso, quem sabe eu nao desfilo ano que vem pelo Águia...
Os pandeiros, repiniques, tamborins, caixas, agogôs, chocalhos, atabaques, cavaquinho, surdos, numa cadência perfeita envolvem os sambistas de uma forma surpreendente. Ficar parado ao som de um bom samba é impossível, seja numa pequena roda com seus amigos, seja no desfile das campeãs cariocas.
Mas o samba é muito mais do que isso. Quem nasce e cresce nesse meio vive envolto de uma paixão fervorosa e constroi uma familia com todos os outros sambistas. O samba une as pessoas, o samba vai além de apenas uma música ou dança.
É amor, é estilo de vida.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Chegue mais no arraiá

Quentão, canjica, paçoca, milho, quadrilha, prendas, fogueira, pau de sebo, barraca do beijo, correio elegante. Tudo isso caracteriza a mais famosa festa do meio do ano, a festa junina.
As bandeirinhas penduradas, as luzes coloridas, as fantasias lindas, os chapeus de palha. A festa Junina é esperada por todos. Uma das mais tradicionais culturas que englobam diversos tipos de danças e músicas. O bumba-meu-boi, forró, frevo, maculelê, maracatu, inumeras diversidades de estilos fazem parte dessa festa tão animada.
Quem não gosta de se vestir à caráter para dançar quadrilha, jogar na barraca da pescaria, e até paquerar no correio elegante? As comidas típicas, a decoração, tudo contribiu para essa maravilhosa festa. Tão enraizada na cultura brasileira, a festa Junina desperta nas pessoas a juventude e a inocência (e lá vem a ESPM com a Jegue Daniel's com catuaba e jurupinga à R$1,00)
 - Olha a cobra!
 - É mentira!
O xadrez, o fuxico, as estampas, a caipiragem. Como é encantador esse encontro! 

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ferve, Frevo, ferve

No comecinho da década de 1900, nasceu em Pernambuco um ritmo carnavalesco bastante animado e muito famoso até hoje. O Frevo admira a todos com seus passos artísticos e suas cores encantadoras. O bloco de rua se caracteriza pelo ritmo acelerado e suas marchinhas. O Frevo tem todo um carisma que transparece no movimento e anima quem o vê. É uma das danças mais vivas e mais brejeiras do folclore brasileiro. Originou-se dos antigos desfiles quando era preciso que alguns capoeiristas fossem à frente, para defender os músicos das multidões, dançando ao rítmo dos dobrados. A comunicabilidade da música é tão contagiante que, quando executada, atrai os que passam e, empolgados, tomam parte nos folguedos. Uma dança de multidão, onde se confundem todas as classes sociais e etnias, unindo o povo brasileiro num só movimento.

Ele não sabe que seu dia é hoje

O Bumba-Meu-Boi é tido como uma das mais ricas representações do folclore brasileiro. Segundo os historiadores, essa manifestação popular surgiu no século XVIII como uma forma de crítica à situação social dos negros e índios, através da união de elementos das culturas européia, africana e indígena.
Com personagens humanos e animais fantásticos, essa dança gira em torno da morte e ressureição de um boi, demonstrando sempre a fragilidade do homem e a força bruta de um boi. 
A história se desenvolve em torno de um rico fazendeiro que tem um boi muito bonito. Esse boi, que inclusive sabe dançar, é roubado por Pai Chico, trabalhador da fazenda, para satisfazer a sua mulher Catirina, que está grávida e sente desejo de comer a língua do boi. O fazendeiro manda os vaqueiros e os índios procurarem o boi. Quando o encontram, ele está doente, e os pajés são chamados para curá-lo. Depois de muitas tentativas, o boi finalmente é curado, e o fazendeiro, ao saber do motivo do roubo, perdoa Pai Chico e Catirina, encerrando a representação com uma grande festa. Hoje em dia muito popular nas festas juninas, o bumba Meu Boi utiliza fantasias alegóricas com detalhes, cores e formas lindas. Essa mistura de história, música e dança é o que reúne todos os festeiros a fim de participar dessa cultura. A matracas, pandeiros, tambores e zabumbas trasmitem os sentimentos ao longo da história, e fazem dessa festa uma verdadeira arte.
Os homem branco contou a história...os negros deram o ritmo com seus tambores... e os índios, residentes antigos da terra, trouxeram consigo a magia de sua dança. E vem de longe o eco surdo do bumbá. Sambando, a noite inteira encurralado. Batucando. Bumba meu Pai do Campo, bumba meu boi bumbá