segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ele não sabe que seu dia é hoje

O Bumba-Meu-Boi é tido como uma das mais ricas representações do folclore brasileiro. Segundo os historiadores, essa manifestação popular surgiu no século XVIII como uma forma de crítica à situação social dos negros e índios, através da união de elementos das culturas européia, africana e indígena.
Com personagens humanos e animais fantásticos, essa dança gira em torno da morte e ressureição de um boi, demonstrando sempre a fragilidade do homem e a força bruta de um boi. 
A história se desenvolve em torno de um rico fazendeiro que tem um boi muito bonito. Esse boi, que inclusive sabe dançar, é roubado por Pai Chico, trabalhador da fazenda, para satisfazer a sua mulher Catirina, que está grávida e sente desejo de comer a língua do boi. O fazendeiro manda os vaqueiros e os índios procurarem o boi. Quando o encontram, ele está doente, e os pajés são chamados para curá-lo. Depois de muitas tentativas, o boi finalmente é curado, e o fazendeiro, ao saber do motivo do roubo, perdoa Pai Chico e Catirina, encerrando a representação com uma grande festa. Hoje em dia muito popular nas festas juninas, o bumba Meu Boi utiliza fantasias alegóricas com detalhes, cores e formas lindas. Essa mistura de história, música e dança é o que reúne todos os festeiros a fim de participar dessa cultura. A matracas, pandeiros, tambores e zabumbas trasmitem os sentimentos ao longo da história, e fazem dessa festa uma verdadeira arte.
Os homem branco contou a história...os negros deram o ritmo com seus tambores... e os índios, residentes antigos da terra, trouxeram consigo a magia de sua dança. E vem de longe o eco surdo do bumbá. Sambando, a noite inteira encurralado. Batucando. Bumba meu Pai do Campo, bumba meu boi bumbá 

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