segunda-feira, 25 de maio de 2009

É defesa e ataque, é ginga do corpo é malandragem

Salve.
Inicia o berimbau. 
O pandeiro.
O atabaque. 
As palmas. Iêêê
A capoeira traz uma vibração fora do comum. Ao cumprimentar o "adversário" e entrar na roda, uma energia toma conta e rege o gingado. Rabo de arraia, macaco, quebra de rins, esquiva, meia lua de compasso. Uma sincronia incrivel de duas pessoas no centro de uma roda. As palmas incentivam cada movimento. O coro levanta os ânimos. 
Luta, brincadeira, jogo, dança, cultura popular, música. Desenvolvida por escravos africanos e seus descendentes, a capoeira ganhou força no Brasil se transformando em um dos mais típicos aspectos culturais brasileiros, s
endo conhecido mundialmente.
As variações das rodas de capoeira são o que enriquecem esse movimento. Os diferentes toques dão ritmo à cada estilo de roda. A capoeira de Angola é uma ginga mais suave, sem muito movimentos bruscos, uma relação mais proxima entre cada participante. É o estilo mais próximo de como os negros escravos jogavam. Na maior parte do tempo mais agaixados, acompanham um ritmo mais lento, o que torna a roda mais artistica e sentimental. A capoeira regional, criada pelo Mestre Bimba, é a mais tradicional de ser encontrada, com inumeros saltos e animação, um verdadeiro espetáculo de movimentos. Uma pegada mais rápida, com muitos incentivos, quanto mais golpes, mais emocionante.
Só quem já jogou sabe o quão intenso é participar de uma roda de capoeira. Todo mundo de branco, vidrado na roda, os birimbaus cada vez mais altos, as palmas cada vez mais fortes. Só quem já vivenciou essa experiência sabe o quão significativo é receber um cordão de graduação.
A capoeira se espalhou pelo Brasil afora, gerando inumeros grupos praticantes desa arte. Multidões param para assistir à manivestações de capoeira nas ruas, principalmente no nordeste. 
A capoeira fez grande parte da minha vida durante alguns anos, e uma energia incrivel tomava conta de mim a cada toque do berimbau, a cada esquivada, a cada salve.

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